terça-feira, 18 de novembro de 2014

Feminismo Individualista e Radical


Começo a discussão me apresentando como um feminista libertário e individualista.Quem já acompanhou algumas discussões sobre o assunto comigo a algum tempo atrás, sabe que eu sempre me pautei por explicar que haviam dois tipos de feminismo o individualista e a versão coletivista. Tratando o individualista como o original vindo da Mary Wollstonecraft, considerada criadora do feminismo. Assim o feminismo surge como uma bandeira e uma luta do individualismo (o combate a desvalorização da mulher como individuo livre e/ou racional), se tornando muitas vezes contraditório ao se afastar do mesmo. Porem também não direi que as coletivistas não sejam feministas  para assim não reproduzir a  falacia do escocês Alem de explicar que para mim até então existiam 3 tipos de feminismo, o feminismo individualista, o feminismo liberal e o feminismo radical. Apesar disso ainda via muitas das chamadas na minha concepção de individualistas negligenciando alguns pontos que achava pertinente ao feminismo enquanto via que algumas das chamadas feministas radicais se tratavam na verdade de individualistas.Eis que o debate com alguns gerou a reflexão que me motivou a escrever esse texto.

Primeiramente gostaria de reproduzir aqui e explicar um pouco de onde saiu essa divisão. Na verdade a primeira vez que vi foi num texto publicado originalmente no Antifa Riots (aqui) e posteriormente no Libertarianismo (aqui) que colocava tudo da seguinte forma:

"O feminismo individualista, inspirado pelo trabalho e pela atuação das primeiras feministas, define igualdade como tratamento igual perante as leis e advoga a remoção das palavras homem e mulher da redação destas, promovendo, assim, reformas - opondo-se a revoluções - que permitam uma igual participação da mulher na vida pública. O feminismo individualista se opõe ao paternalismo estatal com relação às mulheres e, arrostando o feminismo radical e retomando as reclamações das primeiras feministas, afirma que as mulheres, por serem, tanto quanto os homens, indivíduos pensantes e morais, devem ser responsabilizadas pelos seus próprios atos. O feminismo individualista crê que o que determina a classe a que um indivíduo pertence é a relação deste com o Estado, e não o seu gênero. Intelectuais libertários abolicionistas do século XIX exerceram uma grande influência sobre o feminismo americano da época - que traçou um paralelo entre a situação dos escravos negros e das mulheres - e sobre a corrente individualista atual. Representantes famosos de feministas individualistas são, além de Wendy McElroy, a professora e escritora Camille Paglia, a jornalista Cathy Young, Sharon Presley e Joan Kennedy Taylor e a criadora do feminismo como vertente politica Mary Wollstonecraft.

feminismo liberal atua sobre a sociedade para integrar a mulher à sua estrutura e calca sua ação sobre a teoria do contrato social do governo instituído pela Revolução Americana. Normalmente, contrariando as colegas radicais, as feministas liberais, ao menos aquelas ainda ligadas ao liberalismo clássico, se opõem à censura como um todo (que poderia ser usada para abafar a voz das mulheres) e também no caso particular da pornografia, embora algumas delas adotem as posições extremistas do feminismo radical sobre a pornografia. Aqui, a igualdade é definida não apenas como tratamento indistinto perante a lei, mas também como equivalência de poder socio-econômico entre homens e mulheres. Desta forma, as feministas liberais não descartam o intervencionismo estatal como um meio para que tal paridade seja atingida. Segundo McElroy, esta corrente é um misto de feminismo libertário e feminismo radical. Grandes exemplos de feministas liberais são a moderada Betty Friedan, a dita mãe do feminismo moderno e co-fundadora da National Organization for Women (da qual foi mais tarde expulsa), a escritora Naomi Wolf e a jornalista Susan Faludi.

feminismo radical, seguindo a teoria da desconstrução sob a perspectiva de Foucalt, defende a criação de uma arena, desligada da tirania do discurso político e filosófico de caráter masculino, onde as mulheres poderiam expressar seus sentimentos e experiências, os quais adquiririam universalidade intelectual e cultural. Algumas feministas radicais argumentam que diferenças sexuais no que respeita ao comportamento são fruto unicamente da influência e das interações sociais. Na perspectiva deste tipo de feminismo, a igualdade só pode ser atingida estabelecendo novas legislações que cerquem as mulheres de proteção e privilégios, para compensá-las pelas alegadas injustiças passadas e presentes às quais foram e, segundo as ativistas desta corrente, ainda são submetidas enquanto classe. Em contraste com a corrente individualista, o feminismo radical apóia revoluções e grossas transformações no sistema político e legal?em vez de reformas que busquem a inclusão --, já que é este o sistema que oprime as mulheres. Tão forte é a sua negação da filosofia e da intelectualidade tradicionais que algumas pensadoras desta corrente objetam ao uso da lógica e da dialética e à revolução tecnológica como formas da atuação patológica e do pensamento masculinos. Não raro pregam elas uma verdadeira segregação entre mulheres e homens, sendo estes últimos responsabilizados pelos grandes problemas da humanidade. Notáveis neste meio são a advogada Catherine MacKinnon, a filósofa Mary Daly, a escritora Andrea Dworkin e seu marido e o também escritor John Stoltenberg."

Porem como dito após algumas trocas de informações, debates e discussões pude chegar a algumas conclusões de porque essa definição está errada e a partir de onde. Um dos pontos que quem me apontou foi inclusive o Pedro Eidt foi o de que das primeiras e principais feministas radicais havia também individualistas. Após uma pesquisa mais extensa pude fazer alguma releitura inclusive sobre a própria origem do feminismo radical. O dito feminismo radical nasce da aprofundação da questão de gênero sim, principalmente por parte da filosofa Simone de Beauvoir (leia mais aqui). Para quem não sabe ela foi a grande filosofa que através da reflexão que o existencialismo de Kierkgaard chega das formas de dominação, utiliza seu conceito da luta do individuo contra a cultura coletiva, ela colocou o machismo como parte dessa dominação cultural existente até então. Esse ponto de reflexão que originou a reflexão do chamado pouco depois na época de problema sem nome conhecido já hoje em dia pelo nome de patriarcado. O sexo masculino compreendia a medida primeira pela qual o mundo inteiro era medido, incluindo as mulheres, sendo elas definidas e julgadas por este padrão. O mundo pertencia aos homens. As mulheres eram o “outro” não essencial. deBeauvoir observa esta iniqüidade do status sexual em todas as áreas da sociedade incluindo a industrial, política, educacional e até mesmo em relação à linguagem. A esse feminismo que se concentrou também grandemente na questão dessas desigualdades pela discriminação a um gênero passou a chamar feminismo radical. Posteriormente algumas das feministas que tinham uma visão mais coletivista da coisa (ou a partir disso desenvolveram uma visão coletivista) na qual haveria uma divisão na qual deveríamos considerar todo o gênero masculino como culpado  no qual deveria haver toda uma ação estatal para consertar esse problema. Não digo que os homens não são privilegiados por essa cultura enquanto homens e que não existe uma cultura que ou desconsidere as mulheres como indivíduos ou as trate como indivíduos inferiores, mas a solução tem que vir justamente da criação de uma concepção que trate a mulher como individuo como o homem e não que tente devolver e reproduzir quase o mesmo coletivismo que as discrimina como resposta. Assim como se encara e como se responde ao problema do patriarcado seria a diferença maior entre as feministas individualistas e coletivistas.
Por outro lado muitas outras feministas individualistas se concentraram muito no problema de como o estado por ser também patriarquista e reproduzir assim a logica patriarcal ele influenciou muito a sociedade de modo geral ou desconsiderando como já dito a mulher totalmente como individuo ou tratando como um individuo inferior (uma segunda classe). Realmente isso pode ser muito observado através dos tempos como  em quando foi proibido as mulheres o direito de votar ou enquanto em algumas sociedade só os homens podiam optar pelo divorcio e não as mulheres entre outras coisas. Esses problemas que o estado cria sim devem ser resolvidos como apontam essas feministas e são uma dos maiores contribuintes da reprodução do patriarcado. Porem a questão vai muito alem de simplemente se acabar com o estado. É importante lembrar sim que o estado foi quem mais propagou e é um dos maiores responsáveis por tal problema. Porem não podemos ficar apenas nessa superfície e podemos (devemos) ultrapassar tal ponto nos aprofundar em como essa cultura que perpetua o machismo pode ser combatida para alem da questão da abolição do estado. O estado é um grande agente perpetuador do problema mas não é o único. Não se deve só aboli-lo mas produzir toda uma cultura contraria a que ele já produziu.Combater (não coercitivamente) toda cultura nefasta por ele já reproduzida e entranhada na sociedade. É necessário um feminismo libertário e individualista? É mas igualmente radical no combate ao patriarquismo.
Assim podemos ir alem da primeira divisão apresentada e apresentar dessa forma:

Feminismo Individualista Moderado: Que entende o problema da desvalorização da mulher como individuo e entende que o estado é um maiores causadores disso, também entente que a solução deve começar pela revogação de todos os mecanismos estatais que continuam a propagar tal problema não permitindo a participação das mulheres na vida publica mas se opõe ao paternalismo estatal com relação às mulheres arrostando o feminismo coletivista e retomando as reclamações das primeiras feministas. E em oposição ao feminismo radical prega que o que determina a classe a que um indivíduo pertence é a relação deste com o Estado, e não o seu gênero. Representantes famosxs de feministas individualistas moderadas são Wendy McElroy, a professora e escritora Camille Paglia, a jornalista Cathy Young, Sharon Presley e Joan Kennedy Taylor

Feminismo Liberal* atua sobre a sociedade para integrar a mulher à sua estrutura e calca sua ação sobre a teoria do contrato social do governo instituído pela Revolução Americana. Normalmente, contrariando as colegas coletivistas radicais, as feministas liberais, ao menos aquelas ainda ligadas ao liberalismo clássico, se opõem à censura como um todo (que poderia ser usada para abafar a voz das mulheres) e também no caso particular da pornografia, embora algumas delas adotem as posições extremistas do feminismo radical sobre a pornografia. Aqui, a igualdade é definida não apenas como tratamento indistinto perante a lei, mas também como equivalência de poder socio-econômico entre homens e mulheres. Desta forma, as feministas liberais não descartam o intervencionismo estatal como um meio para que tal paridade seja atingida. Esta corrente é um misto de feminismo individualista moderado e o coletivista. Grandes exemplos de feministas liberais são a moderada Betty Friedan, a dita mãe do feminismo moderno e co-fundadora da National Organization for Women (da qual foi mais tarde expulsa), a escritora Naomi Wolf e a jornalista Susan Faludi.

Feminismo Individualista Radical: Também entende o problema da desvalorização da mulher como individuo mas não coloca o estado como o maior causador disso mas também a "moral" do ideal feminino que tornou muitas mulheres infantis e frívolas, quase como crianças, levianas e femininas; passivas; garbosas no mundo da cama e da cozinha, do sexo, dos bebês e da casa. Elxs afirmam que a única maneira para a mulher encontrar-se a si mesma e conhecer-se a si mesma como uma pessoa seria através da obra criativa executada por si mesma para alem dessa moral coletivista depreciativa.Seriam como as outras feministas individualistas porem radicalmente empenhadas no problema da cultura de gênero, o papel do patriarcado e a cultura machista em geral por ele produzida. Representantes famosxs de feministas individualistas radicais são Simone de Beauvoir, Maria Lacerda de Moura, Comandanta Ramona, Roderick Long,  e o famoso grupo "Association of Libertarian Feminists"

Feminismo Coletivista Radical, seguindo a teoria da desconstrução sob a perspectiva de Foucalt, defende a criação de uma arena, desligada da tirania do discurso político e filosófico de caráter masculino, onde as mulheres poderiam expressar seus sentimentos e experiências, os quais adquiririam universalidade intelectual e cultural. Algum(a)s feministas radicais argumentam que diferenças sexuais no que respeita ao comportamento são fruto unicamente da influência e das interações sociais. Na perspectiva deste tipo de feminismo, a igualdade só pode ser atingida estabelecendo novas legislações que cerquem as mulheres de proteção e privilégios, para compensá-las pelas alegadas injustiças passadas e presentes às quais foram e, segundo as ativistas desta corrente, ainda são submetidas enquanto classe. Em contraste com a corrente liberal, o feminismo coletivista radical apóia revoluções e grossas transformações no sistema político e legal em vez de reformas que busquem a inclusão --, já que é este o sistema que oprime as mulheres. Tão forte é a sua negação da filosofia e da intelectualidade tradicionais que algumas pensadoras desta corrente objetam ao uso da lógica e da dialética e à revolução tecnológica como formas da atuação patológica e do pensamento masculinos. Não raro pregam elas uma verdadeira segregação entre mulheres e homens, sendo estes últimos responsabilizados pelos grandes problemas da humanidade. Notáveis neste meio são a advogada Catherine MacKinnon, a filósofa Mary Daly, a escritora Andrea Dworkin e seu marido e o também escritor John Stoltenberg."

De modo algum quis dizer com esse texto que as feministas individualistas mais moderadas não são excelentes teóricas, na verdade penso muito pelo contrario. Wendy MacElroy de todas autoras que  já li é na minha opinião é quem melhor explica porque o estado nunca vai ser eficiente na eliminação do problema  do sexismo e que na maioria das vezes ao tentar reparar se tem o efeito contrario (como a atuação da "National Organization for Women," que para ela, trabalham, através do estado, para estabelecer privilégios legais para as mulheres, que seriam por isso vítimas da proteção estatal de uma opressão patriarcal. ).Simplesmente as diferencio por não se aprofundarem tanto nas questões de gênero e se concentrarem muito somente na questão estatal. Também de modo algum foi meu objetivo aqui dizer que não podem haver teoricxs que caminhem entre um e outro tipo de feminismo ou misture elementos de mais de um e por isso não se enquadrando objetivamente em nenhum. Entendo que entre preto e branco existem sempre diversos tons de cinza, mas meu objetivo foi mais expor algumas das principais correntes para que ao entender a pluralidade de existência de correntes feministas possamos nos orientar para diferenciá-las mais facilmente e dessa forma entender os seus diferentes modos de agir e ver as coisas.
Copy Left: Vento Farias Lima


*liberal aqui se trata de liberal social no sentido americano usado para designar na maior parte das vezes democratas progressistas

PS:O assim chamado "Neo-feminismo" do femen não entrou devido a propria fundadora do movimento Anna Hutsol afirmar com todas as letras que ela e seu movimento não são feministas e devido a mudança constante de opinião do mesmo não se sabendo ao certo o que defendem alem de usar bandeiras que vão claramente contra a liberdade das próprias mulheres como a defesa do alistamento militar obrigatorio para as mulheres ou o combate a liberdade sexual (como se opor a descriminalização da prostituição entre outras coisas)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Libertários Pela Redistribuição



Por Gary Chartier


Libertarianismo é um projeto redistributivo. Esse é um outro ponto de vista em que o anarquismo de mercado radical é justamente visualizado como parte da tradição socialista.
Estatistas de esquerda e direita são a favor da redistribuição da riqueza. Libertários, pelo contrário, se assumem muitas vezes como totalmente contrários a toda forma de redistribuição. Mas é importante perceber que se este é realmente o caso ou não depende de como nós responderemos a várias perguntas:
  • Agente: quem efetua a redistribuição?
  • Questão racional: o que justifica a redistribuição?
  • Meios: como a redistribuição seria realizada?

Redistribuição Estatista
Para estatistas, o agente da redistribuição é o estado. As questões racionais para a redistribuição são principalmente consequencialistas - se vendo como destinada a trazer algum favorecimento em seu estagio final - embora possa ser utilizada igualmente para punir os supostamente indignos e recompensar os indiscutivelmente virtuosos. Os meios? A criação de monopólios, a aprovação de regulamentações, o confisco de propriedades através do domínio forçado ou a transferência de recursos adquiridos via impostos.

Assim, ambos os tipos de estatistas mudam a riqueza de quem produz para elites politicamente favorecidas. Eles também podem, é claro, desviar os recursos para os economicamente vulneráveis, mas os maiores beneficiados desses programas são os vários grupos de pessoas mais influentes politicamente.

A redistribuição estatista é injusta porque emprega meios agressivos e porque ela é realizada pelo estado - um monopolista agressivo. É indefensável na medida em que sua viabilidade depende de uma coerência consequencialista. E é indesejável porque serve aos interesses da elite no poder, em detrimento do bem-estar das pessoas comuns.

Assim, ambos os tipos de estatistas mudam a riqueza de quem produz para elites politicamente favorecidas. Eles também podem, é claro, desviar os recursos para os economicamente vulneráveis, mas os maiores beneficiados desses programas são os vários grupos de pessoas mais influentes politicamente.
A redistribuição estatista é injusta porque emprega meios agressivos e porque ela é realizada pelo estado - um monopolista agressivo. É indefensável na medida em que sua viabilidade depende de uma coerência consequencialista. E é indesejável porque serve aos interesses da elite no poder, em detrimento do bem-estar das pessoas comuns.
A Redistribuição Solidária
Muitos libertários reconhecem a importância do trabalho voluntário, redistribuição 
solidária, realizada por pessoas usando seus próprios recursos com o objetivo de ajudar as vítimas de acidente ou desastres ou experimentos econômicos inseguros mas não impostos pelo estado. É, de fato, perfeitamente consistente com os princípios libertários afirmar que enquanto não se usar a força para efetuar sua redistribuição solidária, a pratica de que pode, contudo, ser um dever "imperfeito": algo que se tem a responsabilidade de fazer, mas que um não deve a nenhuma pessoa específica, e que pode razoavelmente ser cumprida de várias maneiras e que não pode ser reivindicado por ninguém em particular como um direito. O agente de tal redistribuição é o indivíduo, usando seus próprios recursos e operando de forma independente ou através de uma associação voluntária. A questão racional é a importância (no entanto entendida) de ajudar quem precisa de ajuda. Os meios - todos voluntários - podem incluir contribuições para projetos relevantes, proporcionando aos desempregados, aqueles incapazes de assegurar trabalho, vários tipos de investimentos, e contribuições diretas para pessoas economicamente vulneráveis.

Muitos libertários reconhecem a importância do trabalho voluntário, redistribuição solidária, realizada por pessoas usando seus próprios recursos com o objetivo de ajudar as vítimas de acidente ou desastres ou experimentos econômicos inseguros mas não impostos pelo estado. É, de fato, perfeitamente consistente com os princípios libertários afirmar que enquanto não se usar a força para efetuar sua redistribuição solidária, a pratica de que pode, contudo, ser um dever "imperfeito": algo que se tem a responsabilidade de fazer, mas que um não deve a nenhuma pessoa específica, e que pode razoavelmente ser cumprida de várias maneiras e que não pode ser reivindicado por ninguém em particular como um direito. O agente de tal redistribuição é o indivíduo, usando seus próprios recursos e operando de forma independente ou através de uma associação voluntária. A questão racional é a importância (no entanto entendida) de ajudar quem precisa de ajuda. Os meios - todos voluntários - podem incluir contribuições para projetos relevantes, proporcionando aos desempregados, aqueles incapazes de assegurar trabalho, vários tipos de investimentos, e contribuições diretas para pessoas economicamente vulneráveis.
Redistribuição Transacional e Retificativa
Mas este não é o único tipo de redistribuição que libertários podem e deveriam favorecer. Libertários também têm boas razões para reconhecer a importância de dois outros tipos redistribuição: redistribuição entendida como o resultado previsto e desejável a manutenção de um mercado liberto, e a redistribuição como uma questão de justiça corretiva... Podemos chamar esse tipo redistribuição de 
transacional e retificativa.Redistribuição Transacional

A redistribuição 
transacional é apenas uma descrição do que acontece em um mercado verdadeiramente liberto.Mercados com menos privilégios. Sem a proteção proporcionada por proteções de monopólio (incluindo patente e direitos autorais), subsídios, tarifas, restrições em organizações sindicais, proteções para posse a longo prazo de propriedade não cultivada e assim por diante, os membros da elite no poder, sendo obrigados a participar, juntamente com todos os outros no processo de cooperação voluntária, que é o mercado liberto, tenderá a perder ganhos ilícitos. Eles vão reter a riqueza só se eles realmente atenderem às necessidades de outros participantes do mercado. E eles não serão capazes de usar o sistema legal para proteger sua riqueza de posseiros (permitindo-lhes manter a terras não cultivadas indefinidamente) ou limitar a negociação vigorosa de barganha por parte dos trabalhadores (tanto porque os trabalhadores estarão mais livres para se organizar, sem restrições estatais e porque a ausência de tais restrições irão dar aos trabalhadores outras opções de trabalho remunerado que irão melhorar suas posições de negociação).

Embora a concorrência desenfreada, obviamente, não vá criar igualdade matemática, ela vai tornar muito mais difícil as grandes disparidades de riqueza que existem no presente. As vantagens estatais da elite no poder, usando a ameaça de agressão para transferir as riquezas aos politicamente favorecidos. A remoção dos privilégios da elite no poder vai levar, através da operação do mercado, para a ampla dispersão da riqueza dos membros que a elite no poder são capazes de reter no momento, em virtude da proteção que recebe da ordem política.

Os 
meios de redistribuição transacional é o mercado. Os agentes diretos são os agentes comuns do mercado, enquanto os responsáveis pela eliminação de privilégios estatais que distorcem o mercado e sustentam a riqueza da elite do poder são os agentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição transacional incluem o valor da liberdade e da injustiça desses privilégios que são corrigidas pela redistribuição transacional.
Mas este não é o único tipo de redistribuição que libertários podem e deveriam favorecer. Libertários também têm boas razões para reconhecer a importância de dois outros tipos redistribuição: redistribuição entendida como o resultado previsto e desejável a manutenção de um mercado liberto, e a redistribuição como uma questão de justiça corretiva... Podemos chamar esse tipo redistribuição de transacional e retificativa.Redistribuição Transacional
A redistribuição 
transacional é apenas uma descrição do que acontece em um mercado verdadeiramente liberto.Mercados com menos privilégios. Sem a proteção proporcionada por proteções de monopólio (incluindo patente e direitos autorais), subsídios, tarifas, restrições em organizações sindicais, proteções para posse a longo prazo de propriedade não cultivada e assim por diante, os membros da elite no poder, sendo obrigados a participar, juntamente com todos os outros no processo de cooperação voluntária, que é o mercado liberto, tenderá a perder ganhos ilícitos. Eles vão reter a riqueza só se eles realmente atenderem às necessidades de outros participantes do mercado. E eles não serão capazes de usar o sistema legal para proteger sua riqueza de posseiros (permitindo-lhes manter a terras não cultivadas indefinidamente) ou limitar a negociação vigorosa de barganha por parte dos trabalhadores (tanto porque os trabalhadores estarão mais livres para se organizar, sem restrições estatais e porque a ausência de tais restrições irão dar aos trabalhadores outras opções de trabalho remunerado que irão melhorar suas posições de negociação).

Embora a concorrência desenfreada, obviamente, não vá criar igualdade matemática, ela vai tornar muito mais difícil as grandes disparidades de riqueza que existem no presente. As vantagens estatais da elite no poder, usando a ameaça de agressão para transferir as riquezas aos politicamente favorecidos. A remoção dos privilégios da elite no poder vai levar, através da operação do mercado, para a ampla dispersão da riqueza dos membros que a elite no poder são capazes de reter no momento, em virtude da proteção que recebe da ordem política.

Os 
meios de redistribuição transacional é o mercado. Os agentes diretos são os agentes comuns do mercado, enquanto os responsáveis pela eliminação de privilégios estatais que distorcem o mercado e sustentam a riqueza da elite do poder são os agentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição transacional incluem o valor da liberdade e da injustiça desses privilégios que são corrigidas pela redistribuição transacional.
A redistribuição transacional é apenas uma descrição do que acontece em um mercado verdadeiramente liberto.Mercados com menos privilégios. Sem a proteção proporcionada por proteções de monopólio (incluindo patente e direitos autorais), subsídios, tarifas, restrições em organizações sindicais, proteções para posse a longo prazo de propriedade não cultivada e assim por diante, os membros da elite no poder, sendo obrigados a participar, juntamente com todos os outros no processo de cooperação voluntária, que é o mercado liberto, tenderá a perder ganhos ilícitos. Eles vão reter a riqueza só se eles realmente atenderem às necessidades de outros participantes do mercado. E eles não serão capazes de usar o sistema legal para proteger sua riqueza de posseiros (permitindo-lhes manter a terras não cultivadas indefinidamente) ou limitar a negociação vigorosa de barganha por parte dos trabalhadores (tanto porque os trabalhadores estarão mais livres para se organizar, sem restrições estatais e porque a ausência de tais restrições irão dar aos trabalhadores outras opções de trabalho remunerado que irão melhorar suas posições de negociação).

Embora a concorrência desenfreada, obviamente, não vá criar igualdade matemática, ela vai tornar muito mais difícil as grandes disparidades de riqueza que existem no presente. As vantagens estatais da elite no poder, usando a ameaça de agressão para transferir as riquezas aos politicamente favorecidos. A remoção dos privilégios da elite no poder vai levar, através da operação do mercado, para a ampla dispersão da riqueza dos membros que a elite no poder são capazes de reter no momento, em virtude da proteção que recebe da ordem política.

Os 

Embora a concorrência desenfreada, obviamente, não vá criar igualdade matemática, ela vai tornar muito mais difícil as grandes disparidades de riqueza que existem no presente. As vantagens estatais da elite no poder, usando a ameaça de agressão para transferir as riquezas aos politicamente favorecidos. A remoção dos privilégios da elite no poder vai levar, através da operação do mercado, para a ampla dispersão da riqueza dos membros que a elite no poder são capazes de reter no momento, em virtude da proteção que recebe da ordem política.

Os 
meios de redistribuição transacional é o mercado. Os agentes diretos são os agentes comuns do mercado, enquanto os responsáveis pela eliminação de privilégios estatais que distorcem o mercado e sustentam a riqueza da elite do poder são os agentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição transacional incluem o valor da liberdade e da injustiça desses privilégios que são corrigidas pela redistribuição transacional.
Embora a concorrência desenfreada, obviamente, não vá criar igualdade matemática, ela vai tornar muito mais difícil as grandes disparidades de riqueza que existem no presente. As vantagens estatais da elite no poder, usando a ameaça de agressão para transferir as riquezas aos politicamente favorecidos. A remoção dos privilégios da elite no poder vai levar, através da operação do mercado, para a ampla dispersão da riqueza dos membros que a elite no poder são capazes de reter no momento, em virtude da proteção que recebe da ordem política.
Os 
meios de redistribuição transacional é o mercado. Os agentes diretos são os agentes comuns do mercado, enquanto os responsáveis pela eliminação de privilégios estatais que distorcem o mercado e sustentam a riqueza da elite do poder são os agentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição transacional incluem o valor da liberdade e da injustiça desses privilégios que são corrigidas pela redistribuição transacional.
Os meios de redistribuição transacional é o mercado. Os agentes diretos são os agentes comuns do mercado, enquanto os responsáveis pela eliminação de privilégios estatais que distorcem o mercado e sustentam a riqueza da elite do poder são os agentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição transacional incluem o valor da liberdade e da injustiça desses privilégios que são corrigidas pela redistribuição transacional.
Eliminando privilégios e criando um mercado liberto tendesse a fomentar a partilha generalizada de riqueza. Mas não vai ser por si só suficiente para compensar os efeitos da agressão sistemática pelos membros da elite do poder e seus aliados. É por isso que redistribuição 
retificativa também é importante.

A injustiça enorme está na raiz de grande parte da distribuição da riqueza contemporânea. 
Roubo de terras é o exemplo mais óbvio. Mas outros tipos de agressão - o sistema de passaportes internos implementado na Inglaterra do século XVIII, por exemplo, ou a lavratura de terra sem dono pelo estado fiduciário - também serviram para privar as pessoas comuns de recursos e oportunidades. Os beneficiados por este tipo de agressão têm variado em certa medida, mas eles têm sempre pertencido a grupos politicamente favorecidos - eles foram membros da elite no poder ou seus associados.

As pessoas merecem uma compensação pelos prejuízos que sofreram nas mãos de quem prefere a política como meios econômicos para aquisição de riqueza. Obviamente não é possível corrigir todas as injustiças históricas. Mas quando essas injustiças têm sistematicamente beneficiado alguns grupos identificáveis à custa dos outros, a correção radical é possível e inteiramente justificada. É por isso que Murray Rothbard argumentou que os escravos deveriam ter o direito à terra de plantação em que trabalhavam: os seus supostos "donos" não tinham usado o seus próprios trabalhos, ou o trabalho de pessoas livres que cooperam com eles, para cultivar a terra. Em vez disso, aqueles que cultivaram para os membros da plantocracia[1] fê-lo sob a mira de arma. Assim, a terra foi razoavelmente considerada como sem dono antes dos trabalhos de cultivo dos escravos, que deveria ter sido tratada como, de fato, apropriação - e que, obviamente, merecia uma compensação para o roubo de seu trabalho por seus "donos".

Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o direito à terra em que eles trabalharam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter. Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte apoiadas pelo roubo estatal de terras e recursos poderiam muito bem, como ele e Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros. E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la. E assim por diante.

Os 
meios de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são osagentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os 
realocá-los devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja a origem da realocação independente dos títulos  a maior dispersão da riqueza é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Eliminando privilégios e criando um mercado liberto tendesse a fomentar a partilha generalizada de riqueza. Mas não vai ser por si só suficiente para compensar os efeitos da agressão sistemática pelos membros da elite do poder e seus aliados. É por isso que redistribuição retificativa também é importante.

A injustiça enorme está na raiz de grande parte da distribuição da riqueza contemporânea. 

A injustiça enorme está na raiz de grande parte da distribuição da riqueza contemporânea. 
Roubo de terras é o exemplo mais óbvio. Mas outros tipos de agressão - o sistema de passaportes internos implementado na Inglaterra do século XVIII, por exemplo, ou a lavratura de terra sem dono pelo estado fiduciário - também serviram para privar as pessoas comuns de recursos e oportunidades. Os beneficiados por este tipo de agressão têm variado em certa medida, mas eles têm sempre pertencido a grupos politicamente favorecidos - eles foram membros da elite no poder ou seus associados.

As pessoas merecem uma compensação pelos prejuízos que sofreram nas mãos de quem prefere a política como meios econômicos para aquisição de riqueza. Obviamente não é possível corrigir todas as injustiças históricas. Mas quando essas injustiças têm sistematicamente beneficiado alguns grupos identificáveis à custa dos outros, a correção radical é possível e inteiramente justificada. É por isso que Murray Rothbard argumentou que os escravos deveriam ter o direito à terra de plantação em que trabalhavam: os seus supostos "donos" não tinham usado o seus próprios trabalhos, ou o trabalho de pessoas livres que cooperam com eles, para cultivar a terra. Em vez disso, aqueles que cultivaram para os membros da plantocracia[1] fê-lo sob a mira de arma. Assim, a terra foi razoavelmente considerada como sem dono antes dos trabalhos de cultivo dos escravos, que deveria ter sido tratada como, de fato, apropriação - e que, obviamente, merecia uma compensação para o roubo de seu trabalho por seus "donos".

Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o direito à terra em que eles trabalharam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter. Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte apoiadas pelo roubo estatal de terras e recursos poderiam muito bem, como ele e Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros. E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la. E assim por diante.

Os 
meios de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são osagentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os 
realocá-los devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja a origem da realocação independente dos títulos  a maior dispersão da riqueza é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

A injustiça enorme está na raiz de grande parte da distribuição da riqueza contemporânea. Roubo de terras é o exemplo mais óbvio. Mas outros tipos de agressão - o sistema de passaportes internos implementado na Inglaterra do século XVIII, por exemplo, ou a lavratura de terra sem dono pelo estado fiduciário - também serviram para privar as pessoas comuns de recursos e oportunidades. Os beneficiados por este tipo de agressão têm variado em certa medida, mas eles têm sempre pertencido a grupos politicamente favorecidos - eles foram membros da elite no poder ou seus associados.

As pessoas merecem uma compensação pelos prejuízos que sofreram nas mãos de quem prefere a política como meios econômicos para aquisição de riqueza. Obviamente não é possível corrigir todas as injustiças históricas. Mas quando essas injustiças têm sistematicamente beneficiado alguns grupos identificáveis à custa dos outros, a correção radical é possível e inteiramente justificada. É por isso que Murray Rothbard argumentou que os escravos deveriam ter o direito à terra de plantação em que trabalhavam: os seus supostos "donos" não tinham usado o seus próprios trabalhos, ou o trabalho de pessoas livres que cooperam com eles, para cultivar a terra. Em vez disso, aqueles que cultivaram para os membros da plantocracia[1] fê-lo sob a mira de arma. Assim, a terra foi razoavelmente considerada como sem dono antes dos trabalhos de cultivo dos escravos, que deveria ter sido tratada como, de fato, apropriação - e que, obviamente, merecia uma compensação para o roubo de seu trabalho por seus "donos".

Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o direito à terra em que eles trabalharam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter. Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte apoiadas pelo roubo estatal de terras e recursos poderiam muito bem, como ele e Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros. E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la. E assim por diante.

Os 

As pessoas merecem uma compensação pelos prejuízos que sofreram nas mãos de quem prefere a política como meios econômicos para aquisição de riqueza. Obviamente não é possível corrigir todas as injustiças históricas. Mas quando essas injustiças têm sistematicamente beneficiado alguns grupos identificáveis à custa dos outros, a correção radical é possível e inteiramente justificada. É por isso que Murray Rothbard argumentou que os escravos deveriam ter o direito à terra de plantação em que trabalhavam: os seus supostos "donos" não tinham usado o seus próprios trabalhos, ou o trabalho de pessoas livres que cooperam com eles, para cultivar a terra. Em vez disso, aqueles que cultivaram para os membros da plantocracia[1] fê-lo sob a mira de arma. Assim, a terra foi razoavelmente considerada como sem dono antes dos trabalhos de cultivo dos escravos, que deveria ter sido tratada como, de fato, apropriação - e que, obviamente, merecia uma compensação para o roubo de seu trabalho por seus "donos".

Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o direito à terra em que eles trabalharam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter. Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte apoiadas pelo roubo estatal de terras e recursos poderiam muito bem, como ele e Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros. E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la. E assim por diante.

Os 
meios de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são osagentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os 
realocá-los devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja a origem da realocação independente dos títulos  a maior dispersão da riqueza é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

As pessoas merecem uma compensação pelos prejuízos que sofreram nas mãos de quem prefere a política como meios econômicos para aquisição de riqueza. Obviamente não é possível corrigir todas as injustiças históricas. Mas quando essas injustiças têm sistematicamente beneficiado alguns grupos identificáveis à custa dos outros, a correção radical é possível e inteiramente justificada. É por isso que Murray Rothbard argumentou que os escravos deveriam ter o direito à terra de plantação em que trabalhavam: os seus supostos "donos" não tinham usado o seus próprios trabalhos, ou o trabalho de pessoas livres que cooperam com eles, para cultivar a terra. Em vez disso, aqueles que cultivaram para os membros da plantocracia[1] fê-lo sob a mira de arma. Assim, a terra foi razoavelmente considerada como sem dono antes dos trabalhos de cultivo dos escravos, que deveria ter sido tratada como, de fato, apropriação - e que, obviamente, merecia uma compensação para o roubo de seu trabalho por seus "donos".
Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o direito à terra em que eles trabalharam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter. Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte apoiadas pelo roubo estatal de terras e recursos poderiam muito bem, como ele e Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros. E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la. E assim por diante.

Os 
meios de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são osagentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os 
realocá-los devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja a origem da realocação independente dos títulos  a maior dispersão da riqueza é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o direito à terra em que eles trabalharam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter. Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte apoiadas pelo roubo estatal de terras e recursos poderiam muito bem, como ele e Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros. E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la. E assim por diante.
Os 
meios de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são osagentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os 
realocá-los devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja a origem da realocação independente dos títulos  a maior dispersão da riqueza é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Os meios de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são osagentes indiretos. As questões racionais para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os realocá-los devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja a origem da realocação independente dos títulos  a maior dispersão da riqueza é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.
Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo
A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

A redistribuição libertária é apenas porque ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.
Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Estatistas podem reflexivamente reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esses meios estatistas de fetiche - e se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.
Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.


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Gary Chartier é administrador do instituto Center for a Stateless Society(C4SS), professor de Direito e Ética de Negócios e reitor adjunto da Business Schools da universidade de La Sierra. É doutor pela universidade de Cambridge e juris doctor pela universidade da California. Chartier segue a tradição libertária mutualista.

Nota do tradutor:
[1] Plantocracia (do inglês plantocracy) é um termo referente a classe dominante (de ordem politica ou governamental) de posseiros das plantations. Semelhante aos donos de terras da época de quando o Brasil era colônia portuguesa.

Traduzido por Vento F. Lima

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Libertários pela Redistribuição

Libertarianismo é um projeto redistributivo. Esse é um outro ponto de vista em que o anarquismo radical de mercado é justamente visualizado como parte da tradição socialista.

Estatistas de esquerda e direita são a favor da redistribuição da riqueza. Libertários, pelo contrário, se assumem muitas vezes como totalmente contrários a toda forma de redistribuição.Mas é importante perceber que se este é realmente o caso ou não depende de como nós responderemos a várias perguntas:

Agente: quem efetua a redistribuição?
Justificativa: o que justifica a redistribuição?
Meios: como a redistribuição seria realizada?

Redistribuição Estatista


Para estatistas, o agente da redistribuição é o estado. As justificativas para a redistribuição são principalmente consequencialistas  se vendo como destinada a trazer algum favorecimento em seu estagio final - embora possa ser utilizada igualmente para punir os supostamente indignos e recompensar os sem dúvida virtuosos. O meio? A criação de monopólios, a aprovação de regulamentações, o confisco de bens através do domínio forçado ou a transferência de recursos adquiridos via tributação (impostos).

Assim, ambos os tipos de estatistas mudam a riqueza de quem produz para elites politicamente favorecidas. Eles também podem, é claro, desviar os recursos para os economicamente vulneráveis​​, mas os maiores beneficiados desses programas são os vários grupos de pessoas mais influentes politicamente.

A redistribuição estatista é injusta porque emprega meios agressivos e porque ela é realizada pelo estado - que é um monopolista agressivo. É indefensável na medida em que sua viabilidade depende de uma coerência consequencialista. E é indesejável porque serve aos interesses da elite no poder, em detrimento do bem-estar das pessoas comuns.

A Redistribuição Solidária

Muitos libertários reconhecem a importância da redistribuição, voluntária solidária, realizada por pessoas usando seus próprios recursos com o objetivo de ajudar as vítimas de acidente ou desastres ou experimentos econômicos inseguros mas não impostos pelo estado. É, de fato, perfeitamente consistente com os princípios libertários afirmar que enquanto não se usar a força para efetuar sua redistribuição solidária, a pratica  de que pode, contudo, ser um dever não obrigatório:  algo que se tem a responsabilidade de fazer, mas que um não deve a nenhuma pessoa específica, e que pode razoavelmente ser cumprida de várias maneiras e que não pode ser reivindicado por ninguém em particular como um direito. O agente de tal redistribuição é o indivíduo, usando seus próprios recursos e operando de forma independente ou através de uma associação voluntária. A justificativa é a importância (no entanto entendida) de ajudar quem precisa de ajuda. Os meios - todos voluntários - podem incluir contribuições para projetos relevantes, proporcionando aos desempregados, aqueles incapazes de assegurar trabalho, vários tipos de investimentos, e contribuições diretas para pessoas economicamente vulneráveis.

Redistribuição Transacional e Retificativa

Mas este não é o único tipo de redistribuição que libertários podem e deveriam favorecer.Libertários também têm boas razões para reconhecer a importância de dois outros tipos redistribuição: redistribuição entendida como o resultado previsto e desejável a manutenção de um livre mercado, e a redistribuição como uma questão de justiça corretiva ...  Podemos chamar esse tipo redistribuição de  transacional e retificativa.

Redistribuição Transacional

A redistribuição transacional é apenas uma descrição do que acontece em um mercado verdadeiramente livre. Mercados com menos privilégios, proteções para posse a longo prazo de propriedade não cultivada e assim por diante, os membros da elite no poder, sendo obrigados a participar, juntamente com todos os outros no processo de cooperação voluntária, que é o livre mercado, tenderiam a perder ganhos ilícitos. Eles vão reter a riqueza só se eles realmente

atenderem às necessidades de outros participantes do mercado.E eles não serão capazes de usar o sistema legal para proteger sua riqueza de posseiros (permitindo-lhes manter a terras não cultivadas indefinidamente) ou limitar a negociação vigorosa por parte dos trabalhadores (tanto porque os trabalhadores estarão mais livres para se organizar, sem restrições estatais e porque a ausência de tais restrições irão dar aos trabalhadores outras opções de trabalho remunerado que irão melhorar suas posições de negociação).

Embora a concorrência desenfreada, obviamente,não vá criar igualdade matemática ela vai tornar muito mais difícil as grandes disparidades de riqueza que existem no presente. As vantagens Estatais da elite no poder, usando a ameaça de agressão para transferir as riquezas aos politicamente favorecidos. A remoção dos privilégios da elite no poder vai levar, através da operação do mercado, para a ampla dispersão da riqueza dos membros que a elite no poder são capazes de reter no momento, em virtude da proteção que recebe da ordem política.

O meio de redistribuição transacional é o mercado.Os agentes diretos são os agentes comuns do mercado, enquanto os responsáveis ​​pela eliminação de privilégios estatais que distorcem o mercado e sustentam a riqueza da elite do poder são os agentes indiretos. As justificativas para a redistribuição transacional incluem o valor da liberdade e da injustiça desses privilégios que são corrigidas pela redistribuição transacional.

Redistribuição Retificativa

Eliminando privilégios e criando um mercado livre tendesse a fomentar a partilha generalizada de riqueza. Mas não vai ser por si só suficiente para compensar os efeitos da agressão sistemática pelos membros da elite do poder e seus aliados. É por isso que redistribuição retificativa também é importante.

A injustiça enorme está na raiz de grande parte da distribuição da riqueza contemporânea. Roubo de terras  é o exemplo mais óbvio. Mas outros tipos de agressão - o sistema de passaportes internos implementado na Inglaterra do século XVIII, por exemplo, ou a lavratura de terra sem dono pelo estado fiduciário - também serviram para privar as pessoas comuns de recursos e oportunidades. Os beneficiados por este tipo de agressão têm variado em certa medida, mas eles têm sempre pertencido a grupos politicamente favorecidos - eles foram membros da elite no poder ou seus associados.

As pessoas merecem uma compensação pelos prejuízos que sofreram nas mãos de quem prefere a política como meio para aquisição de riqueza.Obviamente não é possível corrigir todas as injustiças históricas.Mas quando essas injustiças têm sistematicamente beneficiado alguns grupos identificáveis ​​à custa dos

outros, a correção radical é possível e inteiramente justificada. É por isso que Murray Rothbard argumentou que os escravos deveriam ter o direito à terra de plantação em que trabalhavam: os seus supostos "donos" não tinha usado o seu próprio trabalho, ou o trabalho de pessoas livres que cooperam com eles, para cultivar a terra. Assim, a terra foi razoavelmente considerada como sem dono antes dos trabalhos de cultivo dos escravos, que deveria ter sido tratada como, de fato, apropriação - e que, obviamente, merecia uma compensação para o roubo de seu trabalho por seus "donos".

Da mesma forma, os agricultores independentes que se transformaram em servos por meio de violência merecem, Rothbard acreditava, receber o título da terra em que eles trabalhavam, enquanto os proprietários aristocráticos do latifúndio em que eles trabalharam não merecia absolutamente nada em compensação pela terra a que em primeiro lugar eles nem tinham direito de ter.Instituições militares, universidades de pesquisa e outras entidades, em grande parte suportadas pelo roubo do estado de terras e recursos poderiam muito bem, como Karl Hess sugeriu, ser tratadas como sem dono e capaz de serem herdadas pelos seus trabalhadores ou terceiros.E seria fácil argumentar no mesmo sentido que as pessoas impedidas de apropriação da terra sem dono por meio de sua lavratura legal devem ser autorizadas a reivindicá-la.

O meio de redistribuição retificativa é a realocação de títulos de propriedade injustamente adquiridos ou mantidos. Os agentes diretos são as pessoas que herdam a propriedade recentemente reconhecida como sem dono ou que reivindicam a propriedade injustamente retirada ou negada a eles ou a seus antecessores. Enquanto que aqueles que trabalham para garantir a negação do reconhecimento ou a proteção aos títulos injustos são os agentes indiretos. As justificativas para a redistribuição retificativa incluem tanto as injustiças dos títulos de propriedade para os realocalos devidamente como a reivindicações para a compensação de pessoas privadas de título para sua própria propriedade ou injustamente impedidos de aquirir propriedade sem dono pela elite no poder. Embora não seja o motivo da realocação dos titulos, a maior dispersão da riqueza  é um dos tipos de efeitos da redistribuição que pode ser recebido pelos libertários, tanto em virtude dos benefícios que conferem a pessoas economicamente vulneráveis como por causa de sua contribuição para uma maior estabilidade social.

Libertarianismo Como Um Projeto Redistributivo

A redistribuição libertária é só porque  ela emprega meios voluntários ou retificativos e porque realizada por agentes não estatais. Ela não requer qualquer tipo de justificativa consequencialista global. E isso serve para capacitar as pessoas comuns e compensá-las de injustiças sofridas.

Estatistas podem em reposta reprovarem a redistribuição libertária porque não é feita pelo estado. Mas, se o fizerem, eles nos devem uma explicação: por que eles deveriam estar preocupados principalmente com os meios? Estatistas normalmente defendem a redistribuição ou como um meio de reduzir a vulnerabilidade econômica ou como uma forma de promover a igualdade econômica, entendida como valiosa em seu próprio direito. Mas a redistribuição libertária certamente atingiria o objetivo anterior e provavelmente promoveria a este o último também. Assim estatistas que se opõem a redistribuição libertária parecem ter esse fetiche de se preocupar mais com meios que com os fins pretendidos por políticas estatais.

Libertários justamente rejeitam a redistribuição estatal como uma variedade da escravidão. Mas eles têm todos os motivos para abraçar redistribuição solidária, transacional e retificativa. O compromisso libertário com a redistribuição ajuda a identificar claramente o libertarianismo como uma espécie de radicalismo genuíno que desafia o status quo, mina a exclusão, a hierarquia, a pobreza e ainda promove uma capacitação autêntica.

Autor:Gary Chartier
Tradução: Vento Farias Lima
original em inglês: http://c4ss.org/content/12961